Primeiras impressões: Audi RS4
Nova geração da perua esportiva chega ao Brasil no início de 2013.
Desempenho e conforto são pontos altos; preço estimado é de R$ 400 mil.
Guiar um Audi RS 5 é um prazer que poucos carros oferecem. Mas quem não pode se dar o luxo de desfrutar as qualidades do cupê sem abrir mão de praticidade – que só as quatro portas podem oferecer –, a solução é partir para a RS 4, perua cuja 3ª geração estreou mundialmente durante o Salão de Genebra (março) e que chega por aqui no início de 2013, com preço estimado em R$ 400 mil.
A A A perua toma emprestado o mesmo conjunto mecânico do cupê: bloco V8 de 4.2 litros, de respeitáveis 450 cv e 46 kgfm de torque, câmbio S-Tronic (automatizado de dupla embreagem) de 7 marchas e tração integral – que pode receber, como opcional, um diferencial vetorial de torque que, traduzindo, significa que a força pode ser distribuída entre os eixos dianteiro e traseiro, saindo do padrão 40% (frente) 60% (trás) convencional. Má notícia para os puristas: o câmbio manual foi extinto.
Dados da fábrica apontam velocidade máxima de 250 km/h (opcionalmente 280 km/h), 0 a 100 km/h em 4,7 segundos e consumo médio de razoáveis 9km/l.
Renn Sport
“RS” são as iniciais de Renn Sport, que significa Racing Sport em alemão e coroa os carros mais performáticos da Audi. Começou em 1994, com a lendária RS 2 (primeiro fruto da união Audi/Porsche), e seguiu com o primeiro RS 4 em 2000, dotado de motor V6 biturbo, de 380 cv. A segunda geração foi lançada em 2005 e trazia um 4.2 V8 de 420 cv – talvez a geração mais polêmica do esportivo, por existir também como sedã e conversível. Mais potente da história, o RS 4 atual retoma a tradição e chega apenas na forma de station wagon.
“RS” são as iniciais de Renn Sport, que significa Racing Sport em alemão e coroa os carros mais performáticos da Audi. Começou em 1994, com a lendária RS 2 (primeiro fruto da união Audi/Porsche), e seguiu com o primeiro RS 4 em 2000, dotado de motor V6 biturbo, de 380 cv. A segunda geração foi lançada em 2005 e trazia um 4.2 V8 de 420 cv – talvez a geração mais polêmica do esportivo, por existir também como sedã e conversível. Mais potente da história, o RS 4 atual retoma a tradição e chega apenas na forma de station wagon.
No circuito, não é preciso completar sequer a primeira volta para confirmar a essência esportiva do RS 4: os 200 km/h são alcançados com a facilidade e rapidez de quem troca a caminhada por um cooper, o câmbio obedece instantaneamente as reduções de marcha, os freios (de cerâmica, opcionais) mantêm o vigor mesmo após fortes golpes e o contorno das curvas é exemplar – mesmo que o motorista entre muito atrasado na curva, “espalhando” o carro, logo consegue corrigir a manobra com um leve contra-esterço.Pois a sigla “RS” faz total sentido nessa perua familiar. O G1 teve contato com o modelo em duas situações: no autódromo de Zeltweg (chamado também de Red Bull Ring) e por rodovias e trechos urbanos – ambas no interior da Áustria.
Saindo do autódromo, a perua deixa mais evidente sua versatilidade. É possível andar tranquilamente, no modo automático, e esquecer que se trata de um autêntico esportivo – ainda mais com o modo “Comfort” selecionado (há o Normal e o Dynamic) e porque as rodas de 19 polegadas (20 como opcionais) são bem tratadas pelo asfalto perfeito na maioria das vias europeias. E esse é um dos maiores trunfos do RS 4: embora seja um carro voltado para o desempenho e não seja a melhor indicação para iniciantes, ele não obriga o condutor a bancar o “piloto” a todo instante. Provoca, mas não obriga.
RS 4 tem o mesmo motor do RS 5: 4.2 V8, de 450 cv (Foto: Kati Ebne / Divulgação)
Até porque mesmo quem gosta de guiar esportivamente, às vezes, precisa de descanso. E quando conseguir esquecer um pouco a direção de respostas diretas e precisas e o acelerador afiado, vai querer curtir todos os gadgets do carro. Os mais legais são o sistema de navegação, com inúmeras opções de visualização, e o som premium. É preciso certa paciência nos primeiros minutos de manuseio, mas a qualidade sonora compensa.
Os bancos são confortáveis e agarram bem o corpo dos ocupantes da frente, mas quem quiser ainda mais esportividade pode escolher os do tipo semi-concha, que além de mais estilosos são mais leves. O acabamento é impecável, o painel de instrumentos continua o mais atraente entre os carros alemães e a ergonomia é elogiável. Mas o paddle shifts decepcionam: além de serem os mesmos de qualquer Gol I-Motion, deveriam ser tamanho G, e não P.
Concorrentes e vendas no Brasil
Não há concorrentes no Brasil, já que o Mercedes-Benz C63 AMG Touring, seu rival direto, não é vendido no país. As vendas anuais não devem passar das 20 unidades.
Não há concorrentes no Brasil, já que o Mercedes-Benz C63 AMG Touring, seu rival direto, não é vendido no país. As vendas anuais não devem passar das 20 unidades.
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