Águas aromatizadas
Uma opção muito bacana para receber os amigos em casa, é servir águas aromatizadas. Elas ficam lindas em jarras de vidro e são muito refrescantes! O preparo é tão fácil que fica ainda mais gostoso. Basta adicionar pedacinhos de frutas, raspas de limão ou laranja, ervas, gengibre ou pepino em uma jarra e deixar por cerca de uma hora na geladeira para pegar o gosto.
Dicas para preparar sua água aromatizada:
- utilize galhos de uma ou mais ervas de sua preferência (alecrim, manjericão, sálvia…);
- laranja ou limão sempre caem bem, sejam em rodelas, metades, quartos, ou até mesmo fazendo espirais com as cascas;
- uma boa idéia é colocar especiarias do tipo cravo, anis e canela;
- pétalas de rosa sem agrotóxicos com um pouquinho de água de rosas fica muito gostoso;
- por mais estranho que pareça, adicionar legumes como abóbora, abobrinha ou pepino com casca acrescenta um gosto bem suave;
- frutas vermelhas como morango, framboesa e cereja combinam bem com hortelã, tanto na cor como no gosto;
- uma boa dica é usar limão siciliano em vez de tahiti ou outros pois o sabor é mais marcante;
- sempre use água filtrada ou mineral
Outra idéia interessante é adicionar alguns desses ingredientes em forminhas de gelo. Vai ficar um charme quando os cubos de gelo forem desenformados.
A banqueteira Neka Menna Barreto, do Neka Gastronomias, ensina algumas receitas testadas e “aprovadas” por ela:
1. Em uma jarra de vidro, porcelana ou cerâmica, adicione a 1 litro de água pedaços de frutas com casca ou ervas com talo e reserve por doze horas
2. Para cada litro de água, ela sugere os seguintes complementos (usados separadamente):
5 carambolas fatiadas
3 maçãs verdes fatiadas
1 maço de hortelã
1 bastão de canela
500 gramas de framboesa ou amora
5 carambolas fatiadas
3 maçãs verdes fatiadas
1 maço de hortelã
1 bastão de canela
500 gramas de framboesa ou amora
3. Outra opção é ferver 1 litro de água com
pedaços da casca de um abacaxi e coar.
“Dura até dois dias na geladeira quando se acrescenta água aos poucos”, diz Neka
pedaços da casca de um abacaxi e coar.
“Dura até dois dias na geladeira quando se acrescenta água aos poucos”, diz Neka
4. Vale também incrementar a água de coco com maçã verde – três frutas fatiadas para cada litro da bebida. “É uma combinação perfeita. Fica uma delícia”, afirma
Mecânica
Montanha-russa mais rápida do mundo chega a 240 km/h
BBC - 18/11/2010
Os números da montanha-russa principal são impressionantes: aceleração de 0 a 100 quilômetros por hora em cerca de 2 segundos, quase 21 mil cavalos de potência para impulsionar os carrinhos no circuito de pouco mais de 2 km de extensão e altura máxima de 52 metros.
Os organizadores prometem reproduzir a sensação de dirigir um carro de Fórmula 1.
O título de mais veloz do planeta pertencia à montanha-russa Kingda Ka, em Nova Jérsei, nos Estados Unidos, que chega a 205 km/h.
Maior parque temático do mundo
O novo parque é considerado o maior parque temático coberto do mundo, com uma área total de 200 mil metros quadrados.
"Todos nós somos predispostos de alguma maneira a buscar emoção", disse à BBC o engenheiro aeronáutico Brendan Walker, especialista na criação de "experiências de alta emoção".
"Esse tipo de estímulo é a própria vida. É o que nos motiva a continuar vivos, é a recompensa por nos esquivarmos do perigo ou por termos uma relação sexual fantástica, é a recompensa quando sentimos fome e sede extremas."
Segundo o especialista, a emoção causada por uma montanha-russa como a da Ferrari é gerada por uma série de reações químicas no corpo e pela liberação de adrenalina e dopamina.
Para maiores de um 1,5 m, o ingresso normal dá direito a andar em todas as atrações e custa cerca de R$ 106. Já o ingresso VIP que evita filas, entre outras vantagens, sai por R$ 178.
Para menores de 1,5 m, a entrada sai por R$ 78 reais ou R$128.
Materiais Avançados
Tabela Periódica será corrigida pela primeira vez na história
Redação do Site Inovação Tecnológica - 17/12/2010
Pesos atômicos deixam de ser constantes da natureza, e passarão a ser expressos em intervalos, com limites superiores e inferiores.[Imagem: Coplen/Holden]Mudanças nos pesos atômicos
A nova Tabela Periódica, descrita em um relatório científico que acaba de ser divulgado, irá expressar os pesos atômicos de 10 elementos de uma forma diferente, para refletir com mais precisão como esses elementos são encontrados na natureza.
Os elementos que terão seus pesos atômicos alterados são: hidrogênio, lítio, boro, carbono, nitrogênio, oxigênio, silício, cloro, enxofre e tálio.
"Por mais de 150 anos os estudantes aprenderam a usar os pesos atômicos padrão - um valor único - encontrados na orelha dos livros didáticos de química e na Tabela Periódica dos elementos," comenta o Dr. Michael Wieser, da Universidade de Calgary, no Canadá e membro da IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada).
Contudo, explica ele, conforme a tecnologia foi evoluindo, os cientistas descobriram que aqueles números tão bem decorados não são tão estáticos quanto se acreditava anteriormente.
Ciência, indústria e esportes
As modernas técnicas analíticas conseguem medir o peso atômico de vários elementos com altíssima precisão.
E essas pequenas variações no peso atômico de um elemento são importantes não apenas nas pesquisas científicas, mas também em outras atividades práticas.
Por exemplo, medições precisas da abundância dos isótopos de carbono podem ser usadas para determinar a pureza e a origem de alimentos como a baunilha ou o mel.
Medições dos isótopos de nitrogênio, cloro e outros são utilizadas para a detecção de poluentes em rios e águas subterrâneas.
Nas investigações de doping nos esportes, a testosterona, que melhora o desempenho dos atletas, pode ser identificada no corpo humano porque o peso atômico do carbono na testosterona humana natural é maior do que na testosterona farmacêutica.
Pesos atômicos como intervalos
Os pesos atômicos destes 10 elementos agora serão expressos em intervalos, com limites superiores e inferiores.
Por exemplo, o enxofre é conhecido por ter um peso atômico de 32,065. No entanto, o seu peso atômico real pode estar em qualquer lugar no intervalo entre 32,059 e 32,076, dependendo de onde o elemento é encontrado.
"Em outras palavras, o peso atômico pode ser utilizado para identificar a origem e a história de um determinado elemento na natureza," afirma Wieser.
Elementos com apenas um isótopo estável não apresentam variações em seu peso atômico. Por exemplo, o peso atômico padrão do flúor, alumínio, sódio e ouro são constantes, e seus valores são conhecidos com uma precisão acima de seis casas decimais.
E agora, professor?
"Embora esta mudança ofereça benefícios significativos na compreensão da química, pode-se imaginar o desafio para os professores e estudantes, que terão que escolher um único valor de um intervalo ao fazer cálculos de química," diz a Dra Fabienne Meyers, diretor adjunto do IUPAC.
"Nós esperamos que os químicos e os educadores tomem este desafio como uma oportunidade única para incentivar o interesse dos jovens em química e gerar entusiasmo para o futuro criativo da química," afirma Meyers.
O trabalho que embasou a primeira correção já feita na Tabela Periódica durou de 1985 a 2010. A mudança vai coincidir com o Ano Internacional da Química, que será celebrado em 2011.
Considerada um dos maiores feitos científicos de todos os tempos, a tradicional Tabela Periódica tem sofrido "ataques" de várias frentes de pesquisa, conforme o conhecimento científico avança:
by http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tabela-periodica-correcao&id=010160101217
Meio ambiente
Papelão é alternativa rápida e limpa na construção civil
Com informações da Agência USP - 29/12/2010
O papelão oferece uma solução rápida e segura para construções de apoio nos canteiros de obras, pequenos depósitos e e outros "puxadinhos". [Imagem: Ag.USP]
O uso do papelão na construção civil pode representar uma alternativa que proporciona mais rapidez na obra, e com um processo mais leve e salubre.
Reciclagem fácil
A utilidade e a segurança do papelão para a construção civil estão sendo demonstradas por pesquisas que estão sendo realizadas no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da USP.
De acordo com a pesquisadora Gerusa Salado, os estudos com o papelão já vêm sendo desenvolvidos no Japão. "No Brasil, esse tipo de pesquisa ainda é inédito," afirma.
A escolha do papelão levou em conta critérios como reciclagem e produção de celulose e do próprio papelão, matérias-primas abundantes no Brasil.
"O papelão, além do fato de poder ser reciclado várias vezes, não precisa de um grande processo de transformação para a reciclagem. Basta triturá-lo e misturar com água", descreve Gerusa.
Construção experimental
Para testar a eficácia do uso do papelão na construção civil, os pesquisadores construíram uma célula-teste.
Esta "construção experimental", como foi denominada, possui o formato de um cubo medindo cerca de 3x3x3 metros (m), equivalente a um volume de 27 metros cúbicos (m3). Em uma de suas paredes há uma janela. Na outra, uma porta.
Gerusa explica que as outras duas paredes são "paredes cegas", ou seja, sem qualquer tipo de abertura. Inicialmente, a pesquisadora desenvolveu na célula-teste as vedações, que são o objeto principal de sua pesquisa.
Gerusa conseguiu construir uma parede de 1 m linear, com tubos de 10 cm de diâmetro, sem resina ou impermeabilizantes.
A estrutura, segundo ela, resistiu até 5,0 toneladas. Utilizando a resina impermeabilizante, a mesma estrutura teve sua resistência aumentada, suportando até 6,0 toneladas.
Esta mesma resina também torna o material resistente às chuvas e à umidade. "Nossa construção experimental tem resistido a todas as fortes chuvas desses últimos tempos", conta a pesquisadora.
Em relação ao fogo, ela alerta que o material ainda precisa ser avaliado em relação ao tempo que o papelão pode levar para ser incinerado e se o fogo pode se extinguir sozinho - estes testes são realizados em laboratório e seguem normas técnicas nacionais e/ou internacionais. "Sabemos que todos os materiais de construção são suscetíveis ao fogo, mas neste caso, precisamos averiguar se o tempo de propagação de um incêndio acidental possibilita que os usuários desocupem a edificação", diz Gerusa.
Vantagens das construções de papelão
Os estudos realizados já têm dado frutos, segundo a pesquisadora. "Já é certeza que a estrutura poderá ser aplicada em edificações térreas".
O intuito das pesquisas, segundo Gerusa, é que a estrutura possa vir a ser utilizada para habitações ou não, além de outros tipos de construções como edifícios, como uma possibilidade de substituição de materiais de alvenaria.
Entre as principais vantagens na utilização do papelão na construção civil, Gerusa destaca o uso de uma fundação apenas superficial e não subterrânea, pois a construção é leve. A construção de imóveis com este material é bem mais rápida do que os métodos convencionais porque é feita num sistema construtivo pré-fabricado.
"Além disso, os tubos de papelão são ocos, facilitando a instalação dos sistemas hidráulicos e elétricos, não havendo necessidade de quebrar paredes. Todo o processo é limpo e salubre podendo ser desmontado e remontado a qualquer tempo", garante a pesquisadora.
O custo de uma parede de papelão em relação à de alvenaria convencional por enquanto é proporcional, mas Gerusa lembra de alguns fatores que podem torná-lo um potencial material concorrente à alvenaria, como impostos adequados a construção civil, produção não só dos tubos, mas também de módulos pré-fabricados em larga escala.
by http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=papelao-na-construcao-civil&id=010125101229
PEITO DE PERU COM FAROFA DE TOMATE-CEREJA
becel-pt tempo de preparo: Mais de 1 hora
serve: 5 ou mais porções
tipo de prato: Prato Principal
ingredientes
conversor de medidas
Qtde | Medida | Ingrediente |
---|---|---|
4 | Colher(es) de sopa | Suco de limão |
1 | Unidade(s) | Cebola pequena ralada |
1/2 | Colher(es) de chá | Sal |
1 | Quilo(s) | Quilo de peito de peru |
8 | Dente(s) | Alho |
5 | Colher(es) de sopa | Creme vegetal becel |
1 | Colher(es) de sopa | Orégano fresco picado |
1 | Colher(es) de sopa | Cheiro-verde picado |
2 | Colher(es) de sopa | Creme vegetal becel |
200 | Grama(s) | Tomates-cereja cortados ao meio |
1 | Xícara(s) | Farinha de mandioca |
modo de preparo
1.
Em uma tigela grande, misture o suco de limão, a cebola e o sal. Reserve.2.
Com uma faca pequena, faça 8 cortes espalhados no peito de peru e coloque 1 dente de alho em cada corte. Coloque na tigela com o tempero reservado, cubra com filme plástico e reserve por 30 minutos na geladeira.3.
Preaqueça o forno em temperatura média (180ºc).4.
Em uma tigela pequena, junte o creme vegetal becel, o orégano e o cheiro-verde. Retire o peito de peru da geladeira e cubra toda a superfície com essa mistura.5.
Coloque em uma assadeira pequena (28 x 18 cm), regue com o tempero, cubra com papel alumínio e leve ao forno por 20 minutos. Retire o papel alumínio e leve ao forno por mais 20 minutos ou até começar a dourar. Passe o peito de peru para uma travessa, corte em fatias e reserve.6.
Coloque a assadeira sobre a chama do fogão, junte o creme vegetal becel e aqueça até derreter. Junte o tomate-cereja e refogue por 3 minutos ou até começar a amolecer. Adicione a farinha de mandioca e misture até formar uma farofa umedecida.7.
Coloque na travessa ao lado do peito de peru e sirva em seguida.8.
Dicas: o peito de peru é encontrado congelado em supermercados. Abra a embalagem e retire a pele que o envolve. Se o peito de peru já for temperado, não é necessário colocar sal no suco de limão.9.
Experimente a farofa antes de finalizar o preparo; se necessário, coloque 1 pitada de sal.SALPICÃO
knorr-pt tempo de preparo: De 30 minutos a 1 horas
serve: 5 ou mais porções
tipo de prato: Entrada
resumo
ingredientes
conversor de medidas
Qtde | Medida | Ingrediente |
---|---|---|
1 | Embalagem | Embalagem de creme amarelo de milho e abóbora knorr (85,00 g) |
1 | Xícara(s) | Leite |
200 | Grama(s) | Peito de peru ralado no ralo grosso |
2 | Xícara(s) | Repolho branco cortado em tiras finas |
1 | Unidade(s) | Salsão cortado em tiras finas |
8 | Unidade(s) | Damascos secos cortados em tiras finas |
modo de preparo
1.
Em uma panela, dissolva a sopa creme amarela knorr milho e abóbora no leite e leve ao fogo médio, mexendo sempre até engrossar. Deixe amornar.2.
Junte o peito de peru, o repolho, o salsão e os damascos e misture até ficar homogêneo. Deixe esfriar.3.
Coloque em uma travessa e distribua croutons sobre a salada. Sirva em seguida.
by http://verde.br.msn.com/galeria-de-fotos-bbc.aspx?cp-documentid=26868584
22/12/2010
Calendário reúne melhores fotografias do fundo do mar
O calendário de 2011 da organização britânica de conservação marinha Bite-Back apresenta imagens de 12 dos mais premiados fotógrafos de vida submersa no mundo
Cada fotógrafo ilustrou um mês, com comentários sobre a importância da preservação de animais marinhos como os tubarões, um dos principais temas do projeto.
Segundo a organização, mais de 70 milhões de tubarões são mortos todos os anos, e 12 espécies desaparecerão completamente até 2017.
A Bite-Back tenta alertar empresas e supermercados ingleses para o perigo da pesca excessiva de determinadas espécies típicas da região. Dados da organização dizem que o mundo pode ficar sem peixes já no ano de 2048.
O diretor da campanha do calendário, Graham Buckingham, diz que não podemos contar com o fato de que os oceanos nos alimentarão indefinidamente sem o receio de perder algumas espécies para sempre.
Ele diz que o trabalho da organização já fez com que supermercados ingleses mudassem os peixes que vendem e encorajou restaurantes orientais a suspender a venda de sopa de barbatanas, uma das principais causas da morte de tubarões.
O calendário 2011 da Bite-Back custa R$ 21 e pode ser comprado pela internet no site da organização.
Segundo a organização, mais de 70 milhões de tubarões são mortos todos os anos, e 12 espécies desaparecerão completamente até 2017.
A Bite-Back tenta alertar empresas e supermercados ingleses para o perigo da pesca excessiva de determinadas espécies típicas da região. Dados da organização dizem que o mundo pode ficar sem peixes já no ano de 2048.
O diretor da campanha do calendário, Graham Buckingham, diz que não podemos contar com o fato de que os oceanos nos alimentarão indefinidamente sem o receio de perder algumas espécies para sempre.
Ele diz que o trabalho da organização já fez com que supermercados ingleses mudassem os peixes que vendem e encorajou restaurantes orientais a suspender a venda de sopa de barbatanas, uma das principais causas da morte de tubarões.
O calendário 2011 da Bite-Back custa R$ 21 e pode ser comprado pela internet no site da organização.
Foto de uma BMW X5 com vidro fumê.
Foto de uma BMW X5 cor prata vista de frente.
Foto do interior de uma BMW X5.
Foto de uma BMW X5 cor prata em alta velocidade.
Brasileiros criam protocolo para interpretar pensamentos
Jeferson Barbieri - Jornal da Unicamp - 03/12/2010
Os cientistas da Unicamp desenvolveram um protocolo que facilita a interpretação dos sinais cerebrais lidos pelas interfaces cérebro-máquina, facilitando o controle de vários tipos de equipamentos.[Imagem: Unicamp]
Protocolo cerebral
O que era considerado ficção científica há pouco tempo, hoje é realidade: na verdade, muita ficção científica começa a ser deixada para trás.
As interfaces cérebro-máquina são exemplo desse avanço. Mas a comunicação com cada uma dessas interfaces é um processo trabalhoso e demorado.
Agora, o professor Paulo Victor de Oliveira Miguel, do Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca), desenvolveu um protocolo de comunicação, denominado "Ecolig", que vai permitir que praticamente qualquer aparelho eletroeletrônico seja controlado com o pensamento.
Este avanço, na opinião de Miguel, significará a inclusão de pessoas com dificuldades de acessibilidade de naturezas variadas.
A pesquisa teve como objetivo a criação de um tipo de comunicação diferente do que foi desenvolvido até o momento, principalmente quando se altera a característica servo-mecânica, ou seja, o aparelho a ser controlado.
Adeus aos teclados
A interação que existe entre a pessoa e o computador ou um aparelho celular passa, atualmente, pelo mouse e pelo teclado, por meio da digitação, seja através das teclas ou pela tecnologia de toque.
"Esse é só um exemplo de como temos uma dificuldade enorme hoje para continuar interagindo com dispositivos eletroeletrônicos", diz Miguel.
O foco principal e básico foi melhorar essa interação - eliminando o mouse e o teclado e passando o controle para as ondas cerebrais.
Um benefício imediato será o combate às lesões por esforço repetitivo, uma vez que os membros do corpo não serão mais utilizados como extensões servo-mecânicas para o controle ou a transmissão de informações para celulares, computadores e outros equipamentos.
Cientistas de Cingapura desenvolveram recentemente umaInterface cérebro-computador que traduz as sondas cerebrais em quatro minutos. [Imagem: Shijian Lu]
Interface com nanodispositivos
Outro benefício imediato será o avanço significativo na interação dos dispositivos do tipo nano e microeletrônicos, que exigem uma interface mais adequada à sua miniaturização.
De acordo com Miguel, juntamente com o avanço da tecnologia, esta será uma mudança muito evidente nos próximos anos. "O investimento em micro e nanotecnologia revela claramente que não há como conectar teclado e mouse em algo que não se vê", afirmou o pesquisador.
Os nanorrobôs e outros dispositivos pequenos precisarão de um sistema de comunicação diferente, tanto do ponto de vista conceitual e técnico quanto de topologias de rede e estrutura de comunicação com vários desses dispositivos.
Na opinião de Miguel, essa é uma migração para uma área que está muito próxima da biologia, na qual cria-se um sistema de comunicação com colônias, sejam elas do tipo animal, biológico, celular ou bacteriana.
Uma interface neural portátil, criada nos EUA, está ajudando no avanço das máquinas acionadas pelo pensamento. [Imagem: Bradberry et al./The Journal of Neuroscience]
Protocolo para ondas cerebrais
No que se refere às tecnologias "próximas aos olhos", prosseguiu o pesquisador, o protocolo permitirá que computadores e celulares, por exemplo, sejam utilizados em óculos especiais, com menor complexidade de fabricação, menor consumo de energia e com menos lixo eletrônico a ser tratado quando forem substituídos.
O mesmo se aplica aos dispositivos relacionados com a visão ampliada, onde as seleções de controles e informações podem acontecer mais rapidamente e com novos recursos.
O conceito principal envolvido em todo esse processo das interfaces cérebro-computador, ou cérebro-máquina, é muito parecido com a tecnologia desenvolvida para o eletroencefalograma.
Os sinais cerebrais são utilizados da mesma forma, só que nessa pesquisa foi desenvolvido um protocolo.
A partir de um aparente ruído, cujo sinal tem para o médico uma interpretação analógica - ele analisa o comportamento, verifica anormalidades e sinaliza o tipo de procedimento a ser adotado - foi realizado um procedimento um pouco diferente. Foi criada uma linguagem em cima dele.
"Isso é exatamente como se a pessoa estivesse usando uma coisa que ela sempre teve, que é a atividade cerebral, captada a partir de um simples contato com alguns sensores sobre o cabelo, para posteriormente entender um código. Constantemente estamos produzindo esses sinais que não estão sendo usados. O objetivo é fazer com que a pessoa possa controlar esse sinal de uma forma que ele emita uma certa linguagem", observou o cientista da computação.
Protocolo semiótico
Um implante cerebral que aprende e evolui junto com o cérebro é outra das grandes inovações da área. [Imagem: Arturo Sinclair/UF]
Segundo Gilmar Barreto, orientador do trabalho, um grupo de pessoas que pode se beneficiar desta tecnologia é o de tetraplégicos.
A aplicação desse protocolo de comunicação é ilimitada e ultrapassa a ficção científica, garantiu o docente. "A maneira das pessoas entenderem mais facilmente como ele funciona é observando o aparelho que realiza o exame de eletroencefalograma. Hoje já existem interfaces como a utilizada pelo Paulo Victor, que são sem fio e sem utilização de gel condutor. Mas esse não é o final da história. Ainda vai evoluir muito. As pessoas poderão interagir com a televisão, acender e apagar as luzes, ligar e desligar aparelhos só com o pensamento. Os sinais são codificados numa linguagem e quem controla isso é a pessoa", assegurou.
O fato é que estes sinais, quando associados a atividades ou estímulos mais complexos como interpretações de imagens, comandos motores e sensações, por exemplo, possuem comportamentos que podem ser classificados e interpretados por um equipamento eletrônico. Esta classificação é relacionada com um conjunto de assinaturas elétricas, gerando um código que é utilizado para a elaboração de um protocolo semiótico.
O conceito de protocolo está normalmente associado a padrões que são utilizados em processos de comunicação. Neste caso, no entanto, este conceito vai além da comunicação, acrescentou Miguel. A proposta de um protocolo semiótico está associada a um conjunto de símbolos que são interpretados como signos semióticos por sistemas inteligentes, podendo significar assim comandos mais complexos ou até meta-interpretações que podem evoluir ao serem processadas por outros sistemas inteligentes. Também podem ser considerados processos de aprendizagem que ocorrem em redes neurais biológicas ou artificiais.
Este mesmo protocolo, suportado por sinais elétricos sensoriais, captados diretamente do sistema nervoso central, permite a criação de interfaces eletroeletrônicas mais simples e até mesmo sistemas de aprendizagem mais eficientes. Portanto, será possível reduzir as etapas associadas à transferência de uma informação como parte da troca ou transmissão de um conhecimento específico.
Novas formas de comunicação
A Máquina de Indução de Sensações é uma tentativa de unir os mundos real e virtual. [Imagem: Presenccia]
Miguel lembrou que uma linguagem universal suportada por signos sensoriais já era utilizada nos primórdios da humanidade, quando figuras com significados ficaram retratadas nas cavernas pelos povos primitivos, que não tinham a linguagem falada ou escrita para se comunicar.
"Podemos ir muito mais além da linguagem, uma vez que o tato, o cheiro, o som e até a imaginação podem gerar signos semióticos em nossa mente, com suas respectivas 'assinaturas' elétricas," sugeriu.
Em termos práticos, isso significa que bastará pensar em falar com alguém e o sistema fará a conexão, sem a necessidade de associar as pessoas a números telefônicos. Ou ainda, quando for necessário utilizar o editor de textos, seguramente não serão necessários o mouse ou o teclado. Bastará pensar no arquivo e o computador irá buscá-lo e abri-lo em sua tela.
Para Miguel, esse trabalho, que também está nos principais centros de pesquisas do mundo, ainda tem um longo caminho pela frente. Contudo, é uma inovação importante, que tende a mudar o conceito de relação homem-máquina nos próximos anos.
Essa interação, por exemplo com a área de Educação, será fundamental porque a principal ferramenta de transferência de informação na atualidade é o texto. "Escrevemos livros para permitir que outras pessoas tenham acesso às informações sobre os avanços tecnológicos desenvolvidos", exemplificou.
Neste momento, o pesquisador está finalizando a elaboração de um projeto que será apresentado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com docentes da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), do L'Institut de Recherche en Communications et Cybernétique (IRCCy) na França e uma empresa na área de telefonia celular, dentre outras renomadas empresas dos setores eletroeletrônico e biomédico.