Trocar lâmpadas, lentes ou refletores em faróis e lanternas é uma forma de incrementar o visual do carro. Mas há regras básicas para não ficar no escuro !
Matéria | Iluminação
Trocar lâmpadas, lentes ou refletores em faróis e lanternas é uma forma de incrementar o visual do carro. Mas há regras básicas para não ficar no escuro !
Personalização de veículo também inclui o sistema de iluminação. Lanternas, luzes indicadoras de direção e faróis originais podem ser facilmente substituídos por produtos que dão um toque especial no visual do carro. Uma das alterações mais comuns é a troca das lâmpadas halógenas dos faróis por kits de xenônio. Mas deve-se ter cuidado na hora da escolha, devido às diferenças de instalação e funcionamento.
Enquanto a halógena acende por filamento, a lâmpada de xenônio, como o nome diz, leva este gás que reage a uma descarga elétrica de alta intensidade – um reator eleva a tensão da bateria de 12 volts para 22mil volts. Conectores e cabos são de alto isolamento, próprios para suportar o sistema. Outra diferença está na vida útil: a halógena dura de 350 a 600 horas ( entre um ano e meio e dois anos) e a de xenônio, cerca de 3.000 horas.
Ao comprar um kit, a intensidade da lâmpada deve ser considerada, pois a legislação brasileira permite luz de xenônio de até 6.000K. Apesar de simples, aconselha-se fazer a instalação co um profissional especializado par evitar que o conjunto, principalmente o reator, apresente problemas como interferência em outros sistemas.
De acordo com Eduardo Soares Benedito, técnico eletroeletrônico, há outra ressalva: “Como os refletores e as lentes dos faróis originais são mantidos, a eficiência e o direcionamento da iluminação podem ser prejudicados, uma vez que os componentes foram projetados pra funcionar com lâmpadas halógenas”.
Antes de alterar o sistema de iluminação do veículo, verifique a legislação – cor e características originais devem ser mantidas. No manual do proprietário, há especificações e informações importantes, como tipo de lâmpadas e fusíveis utilizados na restrição sobre o uso de determinados equipamentos para cada modelo. “Em geral, nunca sobrecarregue o sistema. Lâmpadas mais fortes do que as especificadas pelo fabricante, por exemplo, podem derreter o farol pela alta temperatura. Fusíveis com amperagens mais altas do que as originais danificam itens como conectores e cabos”, afirma Eduardo.
Ao instalar faróis de neblina, buzina e luzes de neon, o ideal é adotar um relê auxiliar para cada componente, fazer um alinha de alimentação independente (por um cabo direto da bateria), além de usar um fusível equivalente à carga exigida pelo equipamento.
Lanternas
Nas lanternas traseiras, geralmente as lentes originais são trocadas por peças com aparência fumê ou cristal. Mas existem alguns componentes que proporcionam o efeito de iluminação por leds (light emisson diode ou diodo emissor de luz), devido ao formato do refletor – são mantidas as lâmpadas comuns. Infelizmente, o sistema de led não está homologado no Brasil para uso em veículos nacionais, portanto, trocar lâmpadas por leds ainda é proibido! O uso está autorizado apenas em veículos que já trazem este tipo de sistema como item de fábrica – caso dos importados.
Nos próximos anos, a Valeo deve lançar uma novidade: a empresa desenvolveu por aqui uma tecnologia para produção de refletores com imagens variadas e iluminação com efeito de led. “Este produto terá preço mais acessível do que o sistema de diodos e permite uma infinidade de desenhos na superfície ótica”, explica Otávio Henrique dos Reis Mattos, especialista em desenvolvimento ótico da Valeo. Uma lâmpada incandescente sai por cerca de R$ 0,60, enquanto o conjunto de led teria preço em torno de R$ 11,00. Protótipos estão em testes no Brasil e na Europa e há previsão de um novo carro ser lançado por lá, em 2010, com esta tecnologia. “Nosso objetivo é oferecer uma lanterna diferenciada como item de série. É uma modificação de fábrica”, conclui Otávio.
Fonte: Revista Fullpower
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